sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tempestade de areia causa acidente em massa perto de Rostock, Alemanha

Enquanto Brasil luta cada vez mais desesperado com enchentes e deslizamentos, o nordeste da Alemanha enfrentou hoje uma "tempestade de aréia" em uma rodovia perto da cidade de Rostock, causado por ventos fortes e uma seca aguda nos campos daquela região. Consequencia foi uma nuvem que resoltou em um acidente em massa envolvendo no mínimo 80 carros, dos quais 3 caminhões e 17 veiculos passageiros pegaram fogo (supostamente um dos caminhões carregava hidrocarbonato). Pessoas no local descreveram a cena como campo de guerra. Segundo a polícia, 8 pessoas morreram e 97 ficaram feridas, algumas gravemente. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

do fundo da gaveta

Depois de ter surgido a idéia de um sarau, o primeiro no Brasil de qual participei depois de tantos anos que se passaram, me animei e ESCARAFUNCHEI (heia, palavra aprendida hoje) até o fundo da gaveta à procura de velhas arteirias. Encontrei mais do que sonhei, entre outros a poesia abaixo, de Mário Quintana, sobre um autor de ficção científica norte americano chamado Ray Bradbury. Quem não conhece nada dele: é o autor do livro Fahrenheit 451 que virou filme dirigido por François Truffaut.
Para quem só conhece este livro recomendo qualquer conto dele, sobretudo os do livro The Illustrated Man.
E quem gosta de literatura de SF e/ou fantástica, já o leu há muito tempo.

Ray Bradbury 
Poesia de Mário Quintana*

Eu queria escrever uns versos para Ray Bradbury,
o primeiro que, depois da infância, conseguiu encantar-me com suas histórias mágicas
como no tempo em que acreditávamos no Menino Jesus
que vinha deixar presentes de Natal em nossos sapatos empoeirados de meninos
e nada tinha a ver com a impenetrável Santíssima Trindade.
Era no tempo das verdadeiras princesas,
nossas belíssimas primeiras namoradas
- não essas que saem periodicamente nos jornais.
Era no tempo dos reis verdadeiramente heráldicos como os das cartas de jogar
e do bravo São Jorge, com seu cavalo branco, sua lança e seu dragão.
Era no tempo em que o cavaleiro Dom Quixote
realmente lutava com gigantes,
os quais se disfarçavam em moinhos de vento.
Todo esse encantamento de uma idade perdida
Ray Bradbury o transportou para a Idade Estelar
e os nossos antigos balõezinhos de cor
agora são mundos girando no ar.
Depois de tantos anos de cínico materialismo
Ray Bradbury é a nossa segunda vovozinha velha
que nos vai desfiando suas historias à beira do abismo
- e nos enche de susto, esperança e amor.

* Esconderijos do Tempo
Fonte: Poesia Completa, Volume Único, Editora Nova Aguilar